Nunca me considerei muito cheio de emoções, nem mesmo afetado pela perda. Morte e vida sempre me pareceram questões naturais, não me abalam. Frente a isto qual seria a dor de uma despedida? Imensa.
As pontas dos dedos se apertaram e o último olhar foi fugidio. Passei a roleta do metrô e segui o meu destino. O coração palpitava de forma estranha e eu senti uma dor desconhecida, a tristeza tomava - me todo.
Alguns contratempos atrasaram ainda em 1 hora o meu destino da volta, e o que se seguiu foram imensas reflexões. Eu havia ido buscar os meus limites e encontrei -os de uma forma muito diferente do que esperava. Não eram limites, mas conquistas, continuações. O inesperado veio e eu aceitei sem ao menos pensar.
Não é certo, não é errado. É vida. Entrei no ônibus da volta, esperando a minha própria vinda. Excentricidades e talvez um erro de Deus. Este é o meu som de dizer adeus. The Song To Say Goodbye.
2 comentários:
Belíssima crônica. Parabéns pelo blog !
Quem lindo!
mesmo que saibamos como dói, sempre vamos em busca do que é novo...
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