Francine não sabia pra onde correr, sempre comentavam que o Shopping Center Norte era grande e ela sempre concordou, mas hoje ele parecia minúsculo, e ela não sabia onde se esconder, passou pela frente da Saraiva e entrou, um lugar que Bernardo nunca pensaria em entrar, sentou-se em um dos sofás e ficou lá, desejando ser invisível até que um vendedor perguntou-lhe se ela procurava por algo específico e quando ela ergueu os olhos para responder ficou sem folêgo, pois, parado bem na sua frente estava aquele menino que tinha dado o lugar pro seu avô no metrô, Ricardo, ele também pareceu reconhecê-la.
- Francine, não é? Você tá bem?
- Sou eu mesma, mas não estou muito bem não....
- Aconteceu alguma coisa com Seu Romeu? - percebia-se nitidamente que ele estava se importando, e não apenas fazendo perguntas pradrões para conhecidos. Ela pensou se ele era real, e se realmente morava em São Paulo, porque é difícil pessoas que se conhecem assim se importarem, muitas vezes não lembram seus nomes e a maioria não se reconhecem nunca mais.
- Não, meu avô está ótimo. O problema é comigo mesmo.
- Você quer conversar? - Ele já havia sentado no sofá ao lado dela, que não sabia se ele poderia ficar conversando no horário de trabalho, mas não o questionou sobre isso.
- Mas eu nem conheço você direito.
- Dizem que se abrir para um estranho é mais fácil, pois ele não conhece o outro lado da história.
Então ela contou, não sabia porque estava fazendo isso, ela apenas sentia que podia confiar nele, como, ela não sabia. Ela falou sobre Bernardo, como se conheceram, como ela começou a gostar dele e como eles namoraram por cinco meses, quase seis, e então ele terminou com ela, usou como desculpa ter que se concentrar na vida profissional e não ter o mesmo amor que ela tinha por ele; e hoje ele estava naquele shopping com uma menina, que fora à uns tempos atrás amiga dela.
- E você está se escondendo dele? Me desculpe, mas eu acho que voce deveria passar na frente dele, toda orgulhosa, pra ele ver o que perdeu, porque você é linda e está maravilhosa.
- Obrigada, mas não tenho cara pra passar por eles, é capaz de eu acabar sorrindo pra ele e tudo, é uma coisa invonluntária isso, mesmo eu não gostando mais dele.
- Então faz assim, meu turno termina daqui meia hora, quer tomar um café comigo? Eu pago e a gente passa na frente deles.
Ela achou que não era uma boa ideia, mas disse sim.
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